domingo, 26 de dezembro de 2010

Matrix

E se o mundo em que você vive for apenas uma ilusão?

            O sr. Anderson é um jovem solteiro vivendo uma vida relativamente normal num emprego normal.  Isso até aparecer na tela de seu monitor a mensagem: “siga o coelho branco.”   Nisso batem à sua porta alguns jovens “conhecidos” e entre eles uma moça com um coelho branco tatuado no braço.  Curioso, ele segue o grupo até uma festa, onde conhece Trinit, uma jovem que o guia até Morpheus.  Este lhe oferece uma escolha: permanecer no mundo como ele o conhece ou conhecer a verdade, da qual não poderá voltar.  Anderson escolhe conhecer a verdade e toma a pílula vermelha.
            Ele acorda nu, sem pelos, conectados a vários fios e em meio a um ambiente desconhecido.  É resgatado por Morpheus e sua equipe, que lhe explica que o mundo, como ele o conhece, é apenas uma espécie de realidade virtual criada diretamente em seu cérebro e nos demais de milhares de seres humanos conectados ao programa Matrix.  O objetivo do programa é que os humanos adormecidos nunca descubram o que realmente são: pilhas.
            Numa guerra contra as máquinas, os humanos bloquearam o Sol, principal fonte de energia de seus inimigos.  Mas as máquinas encontraram outra fonte de energia: a bioeletricidade do corpo humano.  Agora os humanos são “cultivados”, mantidos prisioneiros em suas próprias mentes e usados como células de bateria.
            Anderson,  nesta sua nova realidade, passa a usar definitivamente seu apelido de hacker, Neo.           Com a ajuda de seus novos amigos, ele enfrentará as máquinas para libertar a humanidade.  E descobrirá que é capaz de realizar feitos muito maiores do que aqueles que sua antiga realidade dizia possíveis.

            Numa escala de zero a dez, Matriz sempre foi para mim a referência dez.  E não é sem razão.  Ele é um dos muitos raros filmes que conseguem a façanha de combinar um excelente enredo com uma excelente ação.  Ação que soube combinar muito bem as coreografias de lutas marciais com bons efeitos especiais – se tornando referência no cinema.
            O enredo merece um estudo a parte.  E já serviu mesmo para muitos trabalhos acadêmicos.  Ele, por si só, já serve para colocar em questão diversos assuntos.  Exemplos:
            1 – Será que você tem a liberdade que imagina que tem? 
                        Neste mundo globalizado, talvez estejamos mais conectados do que imaginamos.  Compramos um refrigerante não por ser o mais gostoso, mas por ter uma propaganda de melhor eficácia.  Acreditamos no que nos é induzido a acreditar pelos noticiários.  Trocamos o guarda-roupa porque a novela das oito mudou e já mostra outro estilo.   
            2 – Será que você é importante como indivíduo?
                        Nossas escolas preparam o cidadão-operário, uma peça da engrenagem da economia, que produz e consumem e assim alimentam a máquina da economia, gerando riqueza – não necessariamente para quem produz. Nem temos mais sobrenome.  José da Silva?  Ah, sim, o José Padeiro.  Paulo Roberto?  Ah, sim, Paulo do banco Tal. E se a peça falhar, já teremos sobressalentes esperando a vaga.
            3 – De um ponto de vista filosófico, pode-se perguntar até que ponto sua vida é verdadeira.  Daí muitas ramificações.  Minha esposa é tão honesta quanto penso?  Sou um assessor de assuntos de limpeza ou simplesmente o faxineiro?  Acredito em Deus ou a igreja é um importante clube social?
           
             Veja a análise do filme Matrix pelo Telacrítica

            Enfim, Matrix é um excelente filme, tanto para diversão quanto para base de muitos estudos.  E com certeza obrigatório para todos que são bons fãs de cinema.



sábado, 25 de dezembro de 2010

O Livro de Eli

Duração: 117 minutos


            Num mundo pós-apocalíptico um homem chamado Eli caminha com fé em Deus e com um objetivo.  Neste mundo duas coisas valem ouro: a água e um exemplar da Bíblia.  Todos os exemplares desta foram queimados por julgarem ser a responsável pela guerra que gerou o mundo atual.  E num vilarejo por onde Eli passa o, digamos, prefeito, um culto chefe de bandidos, sabe da importância desse livro.  Ele sabe que através das palavras da Bíblia ele conseguirá impor o medo e a fé no coração das pessoas e assim governá-las.  Quando descobre que o andarinho tem um exemplar desse livro, não mede esforços para consegui-lo.  Mas não será assim tão fácil.  Eli parece um profeta protegido.
           
            Para quem é um bom cristão, o enredo é muito bom, pois mostra como a Bíblia pode ser tão preciosa, importante e poderosa na vida dos homens, bons ou maus.  Se retirarmos isso, o filme continua sendo de boa ação, do tipo Mad Max.                        



Percy Jackson e o Ladrão de Raios

Duração:  120 minutos.

            Percy Jackson é um adolescente filho de uma mortal com o deus Poseidon.  Mas ele não sabe disso até que é atacado por sua professora de matemática que se transforma em uma fúria, um monstro de Hades, e é salvo por seu professor de latim.  Aí, sim, ele percebe que não tem nada mesmo de normal.
            A partir daí ele descobre de quem é filho, que seu melhor amigo na escola, Grover, é um sátiro (talvez daí a tentativa de fazer um personagem engraçado) e de que está sendo acusado pelos deuses de ter roubado o raio mestre de Zeus.  Com sua vida em perigo, sua mãe e seu amigo o levam para o acampamento Meio-Sangue, destinado a proteção e treinamento dos semi-deuses.  Mas antes de passar pelo portão eles são atacados pelo Minotauro, que captura a mãe de Percy e a leva para o submundo de Hades.  Percy pensa que ela morreu.
            No acampamento ele conhece  Annabeth Chase, filha de Atena.  Com ela está formado o trio de herói.  Ou quase.  Se considerarmos que no grego, herói era normalmente um filho de um deus com mortais, o sátiro fica só mesmo de coadjuvante.
            No acampamento, Hades aparece e propõe a Percy uma troca: sua mãe pelo raio de Zeus.  Sabendo que sua mãe ainda vive, ele decide ir até o submundo convencer seu tio de que não roubou o tal raio e pedir para que solte sua mãe.  Terá também que correr contra o tempo, pois Zeus deu um prazo para que o raio seja devolvido ou começará uma guerra com Poseidon.  Seus amigos, Grover e Annabeth decidem acompanhá-lo.  Mas antes eles têm que conseguir três pérolas verdes que servirão de porta de saída do submundo.  Para isso terão que enfrentar alguns perigos, como a Medusa, uma vendedora que transforma pessoas nas estátuas que vende.

            O filme é baseado no livro Ladrão de Raio, primeiro da série Percy Jackson e os Olimpianos, escrito por Rick Riordan.

            Quem assiste ao filme tem a impressão que ele pegou carona na série Harry Poter, mas com um enredo e produção inferiores.  E o enredo, apesar de bom entretenimento, não impressiona tanto.  Parece uma reescrita modernizada de Guerra de Titãs.




                      

Up Altas Aventuras

Até quando você vai adiar seu sonho?

O caladão e rabujento Carl Fredricksen, desde criança, é fã de Charles Muntz, um aventureiro que viaja pelo mundo a bordo de um dirigível e na companhia de seus fieis cães. É nessa infância cheia de imaginação que ele conhece a espevitada  Ellie, outra fã do seu herói.  Como os opostos se atraem, eles crescem e se casam.  E juntos planejam uma grande aventura: viajar até a américa do sul.  Enquanto isso, construem juntos sua casinha e montam um lar.  Só falta o filho.  Preparam o quarto.  Mas descobrem que ela não pode ter filhos.  Ela cai em tristeza e ele tenta reanimá-la revivendo-lhe o sonho da viajem.  Começam a economizar, mas sempre acontece um imprevisto que adia a viagem. Por fim ela adoece e morre.
Isso tudo foi só, digamos, o prelúdio do filme.  Fora a tagarelice da jovem Ellie, praticamente não há diálogos nessa parte.  Mas tem uma boa dose de carga emocional.
A segunda parte começa com o sr. Fredricksen já idoso, usando bengala e passando seus dias na varanda de sua casa, que ele insiste em não vender, apesar da insistência dos que construíram edifícios ao redor e estão de olho em seu terreno.  Aproveitando-se de um incidente em que ele agride um operário, ele é levado à Justiça e forçado a deixar a casa e ir para um asilo.  Como sempre foi vendedor de balões, ele as usa em milhares para erguer a casa e seguir flutuando ao local onde sempre sonhou em ir com sua esposa. Mas sem querer leva consigo um pequeno passageiro: um jovenzinho escoteiro que estava à sua porta.  Juntos eles viveram uma inusitada aventura e aprenderam importantes lições de vida.

Para quem gosta daqueles filmes que acrescentam algo mais além de alguns minutos de entretenimento, este é, sem dúvida, indicado. 
O protagonista só foi mesmo atrás de seu sonho quando já não tinha mais nada a perder.  Dá o que pensar.   E nos faz rever nossas prioridades.

            Não deixe de assistir também aos curtas do DVD.  São ótimos.  

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Dexter - 2ª temporada

 Seriado:  Dexter
           
            2ª temporada

             Nessa segunda temporada nosso “herói” continua fazendo o faz de melhor: matar.  No entanto, parece que ele já não é mais o mesmo.  Ao tentar matar um assassino cego, ele hesita e não consegue.  No próximo caso se atrapalha todo e o assassino foge.  Ter assassinado o próprio irmão parece ter mexido com ele. 
            Para manter uma mentira e as aparências, ele se envolve num grupo de tratamento de viciados, onde conhece Lila, uma jovem bem estranha que acaba gostando dele e sendo sua madrinha.  Mas sua madrinha não é nenhuma fada.  Assim, Dexter acaba se envolvendo num triangulo amoroso complicado.
             Para complicar ainda mais, seus corpos foram descobertos no fundo do mar e o FBI envia um agente especial para liderar a polícia local na captura desse assassino.  Sua irmã Debra se envolve com esse agente, bem mais velho que ela.
            O policial Doakes continua desconfiado de Dexter e fica em sua cola e acaba descobrindo o segredo deste.  Dexter o captura, mas não sabe o que fazer com ele.  Afinal, Doakes não é um assassino.
           
            Essa temporada e as seguintes não foram baseadas na série de livro que serviu de inspiração para a série de TV e a primeira temporada.  Talvez por isso vemos tanta diferença entre o Dexter da 1ª e o da 2ª temporada.
            O primeiro era frio, calculista, minucioso, muito bem resolvido quanto a ele mesmo e sabia exatamente o que queria.
            Na 2ª temporada houve uma tentativa (um tanto frustada, eu diria) de humanizar nosso “herói”.  Agora ele está em conflito consigo mesmo por ter matado o irmão; atrapalhado com seus trabalhos e até mesmo tirando o atraso com a mulherada.  Não mata por um tempo, como se isso não fosse mais aquela necessidade básica.  E, por um tempo, ele parece até normal, vivendo os mesmo conflitos que qualquer um viveria.
            A meu ver essas mudanças no personagem principal prejudicaram um pouco a série.  Bom mesmo era ver e “ler” a mente de um assassino serial sem sentimentos algum, nem bons, nem maus, tentando alimentar da forma “certa” sua necessidade.
            Mas apesar dessas mudanças, a série ainda continua muito boa e continua ganhando prêmios. 

domingo, 19 de dezembro de 2010

Terror na Antártida



Duração: 101 minutos

            Uma agente do FBI vive há dois anos numa base na antártica sem que nada de especial acontecesse.  Afinal, dá para imaginar um lugar mais remoto para um crime?  Mas o aparecimento de um corpo a tira de sua tranquilidade e inicia-se uma investigação que leva a caça de um assassino em série.  E naquele local ela tem outro inimigo com o qual se preocupar: o frio extremo.
            O filme é um suspense muito bom.  Quase tão bom quanto a HQ que em que se baseou – Whiteout.   Só que nos quadrinhos a personagem principal é ajudada por outra agente, mulher, que no filme foi substituída por um agente, homem.  Talvez para fazer um casal mais politicamente correto nas telas.  No mais, apesar de outras adaptações, não se afasta muito do bom enredo original.
            

Ameaça Terrorista.

            Um terrorista instala três bombas atômicas em cidades diferentes dos EUA.  O FBI consegue capturá-lo.  No entanto, isso não é o suficiente.  É necessário extrair dele a informação de onde estão as bombas e desarmá-las antes que mate milhares.  Mas o terrorista não está a fim de colaborar. Para revolver o problema entra em cena o investigador H, especialista em interrogatório (leia-se tortura).   E ele fará tudo o necessário para conseguir as informações que precisa.
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            O filme mantém certa tensão do início ao fim.  A cada vez que H tem que dar mais um passo em sua estratégia, aumentando o nível de tortura, a agente Helen se abala emocionalmente e se questiona se o que estão fazendo é correto.  Afinal, até que ponto os direitos individuais se tornam irrelevantes quando o objetivo é salvar milhares.   Será que vale até matar inocentes ligados ao terrorista para convencê-lo a cooperar?
             O expectador também fica em cheque.  Sempre vem a pergunta: eu seria capaz de ir tão longe para salvar milhares de inocentes?
            


Zona Verde

Duração: 108 minutos

           
            Cadê as armas de destruição em massa?

            Ambientado em Bagdá no ano de 2003, o filme mostra a busca de uma equipe de militares por armas de destruição em massa – a desculpa para a intervenção do EUA no Iraque.  Mas, apesar das dicas de um certo informante das autoridades, nada é encontrado, o que leva o sub-tenente Roy Miller a se revoltar e questionar. 
            Com a ajuda de um intérprete local, Roy localiza o general Al Rawi, o valete de paus do famoso baralho que o governo do EUA distribuiu aos soldados.  Não pega o peixe grande, mas faz um prisioneiro importante ligado a este.  Logo, aparecem helicópteros e agentes do governo que lhe tomam este prisioneiro.  Revoltado, Roy se une a CIA na tentativa de descobrir a verdade.
           
            Apesar de o filme prometer bastante ação, ele tem pouca.  Seu foco mesmo é o desenrolar da trama - bem complicada, aliás.  Tem que se prestar atenção a cada fala para não perder o fio da meada.
            Interessante mesmo do filme é ele colocar em questão os verdadeiros motivos da invasão do Iraque. 
            Baseado no livro Imperial Life in the Emerald City: Inside Iraq's Green Zone, de Rajiv Chandrasekaran.



Mamma Mia

Duração: 108 min
Ano: 2008

            Sophie é uma jovem romântica que está prestes a se casar, mas não conhece seu pai.  Ao ler um antigo diário de sua mãe, descobre que esta esteve com três homens à época em que a concebeu.  Sem sua mãe saber ela envia convites aos três na esperança de descobrir qual deles é seu pai e também garantir que este esteja presente ao seu casamento. 
            A partir daí a confusão está armada e o enredo simples serve de pano de fundo para encaixar as músicas do conjunto ABBA.
           
            O filme é uma versão para o cinema do musical homônimo que fez um bom sucesso ao redor do mundo, provavelmente pela popularidade do grupo (e pela nostálgia dos que já estão nos anos “entas”).

            Em minha opinião de leigo, a interpretação dos atores muitas vezes chegou a ficar melhor do que as interpretações dos cantores originais.  Explica-se.  O ator, na pele do personagem, confere às músicas uma carga dramática que faz as letras soarem mais autênticas. Destaque para a atriz Meryl Streep na interpretação de The Winner Takes It All.

            Dica:  se seu inglês não é assim tão fluente e decidir ver o filme dublado, deixe as legendas ativas para compreender as músicas.  Sem entendê-las, o filme fica bastante sem graça.





 

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Dexter

Seriado

1ª temporada

            E você nunca sentiu vontade de fazer em pedaços aquele bandido assassino que a Justiça soltou por falta de provas?

            Dexter é um perito da polícia de Miami especialista em interpretações de respingos de sangue nas cenas de crime.  E ele tem uma necessidade básica: matar.
            Seu pai adotivo cedo descobre essa necessidade e, invés de interná-lo, procura direcionar essa necessidade para algo útil à sociedade: matar quem merece morrer.  Assim ensina seu filho a como fingir ser normal, para não levantar suspeitas.  E como policial também o ensina a como ser um assassino sem deixar pistas. (Eta pai compreensível!...)
            Seguindo o código que seu pai lhe ensinou, Dexter procura oportunidades de satisfazer sua necessidade buscando criminosos que a Justiça deixou livre.  Ele procura por provas da culpa do suspeito.  Tendo a certeza que sua futura vítima é de fato má e que merece morrer, ele a sequestra e a faz literalmente em pedaços.
            Que fique claro.  Dexter não busca fazer justiça.  Esta é apenas a desculpa.  Seu principal objetivo é satisfazer sua necessidade de uma forma, digamos, adequada.
            Alguns psicólogos dirão que existem muitos Dexters por aí.  Alguns se tornam criminosos outros cirurgiões.  Tudo uma questão de princípios ou simplesmente de conveniência social.
            Como consequência dessa necessidade, Dexter praticamente não tem sentimentos (ou vice-versa. Freud que explique).  Assim, ele não sente amor ou ódio.  E nem desejo sexual.  Mas ele tem que fingir que tem.  E isso gera cenas que beira ao cômico.  Como nas cenas em que a namorada tenta, digamos, dar mais um passo na relação e ele fica sem saber como agir, tentando sair fora.  Aliás, escolheu uma namorada com trauma de violência sexual justamente para evitar certas coisas.
            Mas esse mundo sob controle é abalado quando um novo serial killer surge na cidade com habilidades melhores que as dele.  Logo no primeiro episódio aparece um corpo sem uma gota de sangue.  O que impressiona o nosso “herói”.  Ele sente que finalmente tem um adversário a altura e gosta disso.

            A mídia faz uma propaganda que faz a série parecer algo do tipo Jogos Mortais.  Mas as sequências de execução e esquartejamento são mais sugeridas que vistas.                  
       O grande lance da série, a meu ver, é a narração em primeira pessoa nas cenas com o protagonista, o que nos faz entrar na mente desse assassino e até se simpatizar com ele.  Tal estilo provavelmente se deriva da obra na qual essa primeira temporada foi baseada, o livro Darkly Dreaming Dexter de Jeff Lindsay (que ainda não li).
           
Site do seriado

sábado, 11 de dezembro de 2010

Salt

Duração: 101 minutos

            Ao voltar de uma missão, a agente da CIA Salt interroga um russo que revela um plano para matar uma autoridade russa em solo americano.  O plano será executado por uma agente que fora treinada desde de criança para ser espiã em solo americano e introduzida na América como americana.  E revela o nome dessa agente: Salt.
            A CIA a detém por precaução.  Preocupada com o marido ela foge.  Sim, ela é realmente a espiã russa.   Mas seus ideais já não são mais os mesmos. Agora ela terá que fugir das autoridades americanas e lutar contra os inimigos de seu verdadeiro país.
           
            Para quem gosta de ação, o filme o tem em alta dose.  E mantém um bom ritmo do início ao fim.
            Combinando bem com a ação, tem o bom enredo, que mesmo sendo inteligente, não tem muitas complicações.  É fácil de entendê-lo, mesmo com a atenção voltada à ação.
            No DVD há três versões: a do cinema, a do diretor e a estendida.  As duas primeiras são praticamente idênticas.  A única diferença que percebi foi nas cenas finais, onde, na versão do diretor, uma narração jornalística ao fundo nos dá a entender que os agentes russos estão mais infiltrados do que se imaginava.  Já a versão estendida tem um final completamente diferente.
                  
   

 

Jonah Hex


Duração: 81 min

            Durante a guerra de secessão, Jonah vê seu superior cometer atrocidades e o denuncia.  Este se vinga matando a família de Jonah bem na sua frente e o deixa para morrer com o rosto marcado a ferro em brasa.  Os índios o salvam.  Mas a sua quase passagem para a outra vida lhe concede a companhia dos corvos e o dom de falar com os mortos.  Busca vingança, mas chega tarde.  Seu inimigo é dado como morto.  Sem ter para onde ir, ele se torna um caçador de recompensas.
            Seu inimigo, contudo, está vivo e consegue roubar uma arma capaz de destruir cidades.   O governo dos EUA convoca Jonah para detê-lo.  E ainda alimentado pelo desejo de vingança, ele aceita.
           
            O filme é baseado no personagem dos quadrinhos da DC Comics. 
            Normalmente, filme oriundo de HQs são bons, já que combinam bem bom enredo com uma boa ação.  E atualmente, com a relativa facilidade dos efeitos especiais, os diretores têm obtido bons resultados em suas adaptações para o cinema.  Jonah Hex não foge dessa linha, embora não tenha a qualidade de um “Homem de Ferro”, por exemplo.  Contudo, é um bom faroeste, dentro do universo das HQs. 

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            Se você acha difícil de engolir que o anti-herói, nada mocinho, do filme fale com os mortos, o que não se dirá da cinturinha micro que Megan Fox apresenta.  Acharam a parceira certa para um herói que levanta defunto... 



Homem de Ferro 2

O nada modesto Tony Stark se gaba de ter privatizado a paz mundial com a sua armadura do Homem de Ferro.  Mas o governo e seu rival Justin Hammer querem essa tecnologia.  Tony se nega a entregá-la e prova ao comitê do senado que seus rivais estão bem longe de conseguir copiá-la.  No entanto, na Rússia, o filho de um antigo sócio de seu pai, co-autor do reator arc, cria sua própria versão miniaturizada do reator, o qual usa para alimentar poderosos chicotes  (o Chicote Negro, das HQs).
              Tony também tem que lidar com outro problema: o paládio que alimenta o reator em seu peito e o mantém vivo, o está envenenando rapidamente, sem que ele consiga uma solução viável.  Assim ele entra em crise e se torna ainda mais excentrico, para o desespero de Peper, a quem ele nomeia presidente das indústrias Stark em seu lugar.  E para o lugar de Peper como secretária ele contrata Natasha Romanoff, sem saber que ela é uma agente da S.H.I.L.D., chamada de Viúva Negra.
            Em Mônaco, após ver que o nível de contaminação em seu sangue aumentou, Tony decide participar da corrida.  Esta é interrompida pelo Chicote Negro que facilmente parte ao meio os carros. 
            Nas versões em quadrinhos, principalmente nas mais antigas, Tony Stark carregava sua armadura numa maleta de executivo.  No primeiro filme me perguntava se os produtores iriam fazer isso e como.  A solução ficou muito interessante.  Criaram uma espécie de armadura dobrável que se torna a própria maleta.  Daí é só “desdobrá-la” e vesti-la de forma automatizada.  E com ela ele derrota esse vilão.  Por enquanto.  Mais tarde esse vilão será recrutado por Justin Hammer para ajudá-lo na criação de suas próprias armaduras.
            James Rhodes, amigo militar de Tony, veste uma versão antiga da armadura e a leva aos militares.  Estes a incrementam com armas da tecnologia Hammer e temos aí a Máquina de Combate dos HQs.  Mas tarde as duas armaduras lutaram juntas.
            Após uma desastrosa festa de aniversário, em que usa e abusa da armadura, Tony se encontra com Nick Fury, presidente da  S.H.I.L.D. que  lhe conta algumas coisas sobre Howard Stark, seu pai, e entrega uma caixa com alguns pertences deste.  A partir daí Tony consegue sintetizar um novo elemento capaz de substituir o paládio e acabar com seus problemas.
           
            Essa continuação segue bem a linha e qualidade do primeiro filme.  E, certamente, não decepciona os fãns da Marvel. 

            Onde está Stan Lee?
                        Na saída de sua apresentação na Expo Stark, Tony cumprimenta algumas pessoas.  Uma delas é o próprio Stan Lee.

            Tem mais herói chegando...
                        Quem tiver paciência de esperar passar todos os créditos verá uma cena em que o agente Coulson chega a uma cratera no México, onde está o martelo de Thor.
                        E ainda tem o dossiê da Iniciativa Vingadores, que Tony encontra sobre a mesa de Nick Fury.

            Se quiser mais detalhes do personagem, consulte o link abaixo




 

domingo, 5 de dezembro de 2010

Homem de Ferro



Tempo de Duração: 127 minutos

            Tony Stark é um bilionário que herdou do pai tanto a indústria de armas quanto a genialidade para criá-las.  E ao voltar de mais uma bem-sucedida apresentação de uma delas, ele é atacado, ferido e raptado por um grupo terrorista.  Seu companheiro de cativeiro consegue salvar-lhe a vida criando um eletro-imã em seu peito que mantém os pequenos fragmentos de bomba longe de seu coração. 
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            Os terroristas querem que ele monte a nova arma que ele apresentou aos militares e para isso lhe mostram que também são bons fregueses.   Eles possuem um arsenal com o selo das Indústrias Stark nele.
            Tony sabe que não sairá vivo.  Mas finge concordar em ajudá-los para ter acesso à tecnologia de que precisa.  E com a ajuda de seu novo companheiro cria uma versão em miniatura de um possante gerador de energia, que servirá para alimentar a armadura que o livrará do cativeiro.
            Após a fuga, ele decide mudar o foco de suas indústrias, o que desagrada alguns.  E em sua garagem-laboratório ele aperfeiçoa a idéia da armadura.  Vai precisar muito dela...
            Apesar de o personagem ser de segunda-linha no rol dos heróis da Marvel, o filme é de primeira.  Seu sucesso chegou mesmo a surpreender os produtores. 
            Para mim o que cativa mesmo é ver que o personagem é um humano como qualquer outro, sem superpoderes.   O que o torna um super-herói é a armadura, que com a tecnologia dos nossos dias parece ser apenas uma questão de tempo para criá-la na vida real.

            Gafe – Apesar de verossímil, tem coisas no filme que não dá para engolir.  Num dos vôos o homem-de-ferro é atingido e cai ao solo feito um meteorito.  Instantes depois ele se levanta e parte para a luta.
                        Fala sério!  Apesar da armadura ser quase indestrutível, quem tá dentro não o é.  O impacto teria destruído todos os órgãos internos do Tony Stark só pela força da inércia.  Experimente vestir uma armadura da Idade Média e pular do décimo andar que você vai me entender.

            Onde está Stan Lee?
                        Repare no velhote entre belas mulheres que ele cumprimenta ao chegar a uma festa.  Até brinca dizendo para ele ir devagar que afinal não era de ferro.
    
             



 

Peace Makers - A Nova Justiça


Duração: 83min

            Já imaginou um CSI atuando no velho oeste?  Essa é basicamente a idéia do filme. 
            Num Velho Oeste à beira da modernidade, com a chegada do telefone e já na promessa da lâmpada elétrica, um xerife à moda antiga tem que trabalhar junto com um detetive cheio de “truques modernos” para solucionar o assassinato de um grande figurão da cidade.  E as coisas se complicam quando percebem que o assassino não parou.
            O enredo policial é apreciável, mas sem surpresas.  E se você não estiver muito cansado, dá para matar umas horinhas de tédio.

Quarteto Fantástico

Durante uma estadia numa estação espacial, uma equipe de cinco cientistas é atingida por uma tempestade de raios cósmicos.  Do acidente resultam estranhos poderes para cada um.  O líder, Dr. Richards, ganha poderes elásticos, podendo esticar seu corpo.  Seu amigo Bem Grimm tem seu corpo transformado numa espécie de organismo a base de pedra, o que lhe dá força, resistência e uma aspecto nada bonito. Perde inclusive sua namorada.  Mas ganha outra, cega (não entendi bem a dos produtores.  O que os olhos não vêem o coração não sente?).  Jonhy, o garotão do grupo, consegue criar chamas em todo o seu corpo e até voar.  A nada invisível Susan (interpretada pela belíssima Jéssica Alba) ganha o poder de projetar campos de força e de ficar invisível.  Pena para os marmanjos de plantão, já que nas cenas de nudez da personagem ela está invisível (sacanagem!).
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            O cinco tripulante é o vilão Victor Von Doom, que ao longo do filme vê seu corpo se transformar numa espécie de liga metálica.  Ganha ainda o poder de manipular a energia elétrica e lançar raios. 
            Victor foi o grande financiador da pesquisa no espaço e, com o fracasso desta,  ele vê sua empresa ir à ruína.   Ele culpa Richards tanto por esse fracasso quanto pela sua nova aparência e procura se vingar.
            O filme é bom.  Mas confesso que esperava mais ação e um enredo melhor. 

            Curiosidades: 

                        - Segundo o site Wikipédia, os poderes do quarteto são inspirados nos quatro elementos gregos: terra (o Coisa), fogo (o tocha-humana), vento (a mulher invisível) e água (a fluidez elástica do Dr. Richards).
                        Wikipédia - Quarteto Fantástico

                        - Onde está Stan Lee?
                        Quando o Quarteto Fantástico chega ao edifício onde o Dr. Richards mora, aparece um velhote (Stan Lee) entregando-lhe as correspondências atrasadas.






 

O Incrível Hulk


Hulk está de volta nesta nova adaptação dos quadrinhos da Marvel. O filme bem que poderia ser a continuação da adaptação anterior, já que começa com um Bruce fugitivo e escondido nas favelas do Rio, buscando secretamente sua cura. Mas com atores e diretor novos a saída foi mostrar de forma rápida um novo início nos frames iniciais, onde Bruce é voluntário de sua própria experiência. O verdadeiro motivo da experiência é desconhecido pelo nosso cientista e é explicado ao longo do filme.
--> Ao mesmo tempo que a tentativa de cura fracassa, os perseguidores de Bruce descobrem seu esconderijo e aí começa a verdadeira ação que leva Hulk a enfrentar os militares e sua nova arma secreta que saiu do controle, o Abominação. Toda essa ação leva Bruce de volta a seu país e a seu grande amor, Betty Ross (muito bem representada pela bela Liv Tyler) que o ajuda na busca de uma nova esperança de cura. No entanto, uma escolha terá de ser feita...
Para os fãns da Marvel têm a participação no finalzinho de Tony Stark, que insinua a criação dos Vingadores (e o filme) e uma "promessa" indireta da produtora logo após o sorriso enigmático final de Bruce.

Onde está Stan Lee?
            Reparem no senhor que passa mal após beber do refrigerante contaminado com o sangue de Bruce.


 

O Lutador


           Um campeão de peso-pesado, que já teve seus dias de glória, é preso injustamente e levado à uma prisão russa.  Lá acontecem torneios clandestinos de luta que movem muito dinheiro em apostas.  Apesar de não querer se envolver, o campeão perceberá que não tem escolha.
            A classificação no DVD alugado está como aventura.  Uma classificação provavelmente por eliminação.  As lutas são poucas e razoáveis.  A melhor mesmo é a última entre os protagonistas.  E o ritmo do filme é um pouco lento para classificá-lo como de ação.
            Para efeito de entretenimento é um bom filme.  Vale o que se paga na locação.
           

Happy Feet

Duração: 108 minutos.           
Mano é um pingüim que nasceu em um bando onde os machos conquistam as fêmeas pela canção.  Mas ele tem um problema: não sabe cantar.  Em compensação tem uma grande habilidade natural com os pés, o que o torna um excelente dançarino no melhor estilo sapateado.  Porém esse talento só o torna uma aberração em sua sociedade e uma vergonha para seu pai.  Sua canção de conquista terá que ser com os pés.  E ao tentar é repreendido pelos mais velhos e expulso do bando.
            Tentando ser aceito, ele parte à procura dos humanos responsáveis por deixar o oceano sem peixes e seus companheiro com fome.  Uma jornada que o levará a descobrir o verdadeiro potencial de seu talento.

            A animação, no melhor estilo musical, traz à tona uma questão: o diferente em meio a uma sociedade padronizada.
            Mano, o pingüim dançarino, não dispõe do recurso necessário para ser aceito em seu meio: a canção.  Sem isto não conseguirá um par, já que os machos literalmente cantam as fêmeas e estas escolhem a canção vencedora.
            A sociedade tenta lhe ensinar e impor o canto, mas seu talento para isto está igual ao ambiente, abaixo de zero.  Tal incapacidade de se ajustar o leva a ser rejeitado pelos seus e a ser a vergonha do pai.  Este ainda convive com o sentimento de culpa, achado que uma falha sua no passado foi a razão da “deficiência” do filho.  Aqui é fácil notar o elo com a realidade.  Quantos pais não se perguntam “onde foi que errei” por seu filho ser diferente (altista, surdo, cego, homossexual, com síndrome de Dawn, bailarino, etc.)
            Longe de ser uma deficiência, o que o nosso pingüim tem é uma linguagem tão boa quanto a canção: a dança.  Ele procura se expressar por ela e consegue mesmo alguns que a aceitam espontaneamente.  Mas logo é reprimido pelos anciãos (a classe dominante).  O bando sempre sobreviveu daquele jeito.  E num tempo de crise (fome) tais mudanças poderiam ameaçar a existência da espécie.  Só mais tarde, quando a mudança se mostra proveitosa, é que ela é aceita.
            Essa não aceitação de uma nova linguagem é visível também em nossa sociedade.
            Há alguns anos atrás os surdos estavam praticamente proibidos de usarem a linguagem dos sinais, principalmente nas escolas.  Se insistissem eram castigados.  Mas estes indivíduos são produtivos, são em considerável número e tem dinheiro para por no banco... opa! Não dá para ignorá-los.  Eles têm expressar sua vontade?  Sim, pela linguagem de sinais.  Estão já podem abrir conta, digo, já podem assumir legalmente suas responsabilidade civis.  Por força de lei, as instituições já estão começando a qualificar pessoal para o atendimento desse público.
                Outra abordagem possível é a questão ambiental.  De como a ação do homem  pode afetar todo um ecosistema e ameaçar a sobrevivência de algumas espécies (no filme, com a pesca predatória). 

            Assim a animação ajuda crianças e adultos a entenderem que aquele coleguinha ou amigo diferente pode fazer toda a diferença.  E de como a ação do homem pode afetar todo um ecosistema e ameaçar a sobrevivência de algumas espécies.

         Bom para ser usado por professores como base para alguns trabalhos sem ser tão chato como alguns filmes educacionais.

  
Veja também Happy Feet 2