Enigmas de um Crime

 

Duração: 108 minutos.

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            Um jovem americano vai para a Inglaterra estudar na universidade de Oxford e fica hospedado na casa de uma velha senhora.  Num belo dia ele e seu professor a encontram morta em sua sala.  Procurando solucionar o crime e se antecipar ao próximo passo do assassino, os dois seguem pistas enigmáticas que levam a mais crimes.

            O roteiro foi muito bem escrito e nada perde para Agatha Cristhie e Cia.  Ele consegue prender o espectador quase todo o tempo e tem um desfecho que realmente surpreende.  Só deveria ter menos divagações teóricas entre os dois protagonistas.  Isto confunde um pouco o espectador. 

E é bom que se diga: é filme para quem gosta de romance policial.  Aliás, é baseado em um.  The Oxford Murders (o título do filme em inglês) do argentino Guilermo Martinez.

            A produção é boa.  E o roteiro não exige muito desse ponto. 

            No mais, mesmo que você não goste do estilo do filme, não vai sentir que perdeu o dinheiro da locação. 

Enrolados

Duração: 100 minutos.

            Rapunzel é uma jovem princesa que quando bebê fora raptada por uma velha e criada como sua filha.  O motivo:  os cabelos de Rapunzel são mágicos.  Eles curam qualquer doença ou ferida e devolvem a juventude da velha.  Se cortados, esses cabelos perdem seu poder.

            Temendo que os cavaleiros do rei encontrem a jovem, a velha a cria no alto de uma torre escondida na floresta.  E desta vez não aparece nenhum príncipe para salvá-la, e sim um ladrão que invade sua torre para se esconder.

            Aproveitando a oportunidade, a jovem faz um acordo com o ladrão para que a leve em uma jornada e assim, finalmente, consegue sair da torre.

            Mas até o “felizes para sempre”  terão que enfrentar muitas dificuldades.  Principalmente a velha, que não descansará até ter a jovem novamente sob seu poder.

           

            Essa é a 50ª animação do Disney e a mais cara.  Foram 260 milhões de dólares investidos.  Mas já rendeu mais que o dobro em lucro.

            Difícil dizer se a animação vale tanto.  Creio que o custo ficou alto devido ao efeito 3D.  Mesmo em 2D a animação se mostra muito bem produzida.  Não espero menos desse estúdio.  O enredo também ficou muito bom.  É claro que trabalhar em cima de uma estória já concebida e popular é mais fácil.  Pegue uma estória popular, coloque uns animaizinhos simpáticos e interativos, dê uma recauchutagem nos personagens e pronto.  Sucesso garantido.  Não se ganha nenhum Oscar pela originalidade, mas tem-se o mérito da boa adaptação.  Principalmente por criarem uma boa justificativa para o tamanho do cabelo da personagem.

            No mais a animação e boa e divertida.  Surpreendente?  Talvez só se vista em 3D.

            

STAR TREK

Duração: 127 minutos

            Anos após a morte heróica de seu pai em uma batalha contra uma nave romulana, o jovem James T. Kirk entra para a academia da frota estelar.  Lá, ele logo faz amizade com o Dr. McCoy e uma não tão amizade assim com o jovem Sr. Spock, um meio-vulcano e meio-humano.  

            A luta contra a nave Nareda, e sua poderosa arma capaz de criar buracos negros que consomem planetas, leva os três a bordo da nave USS Enterprise.    Juntos, mas não tão unidos, deverão combater o comandante desta nave, Nero, e impedir que sua loucura movida à vingança destrua mais vidas.

            O filme cria uma realidade alternativa ao universo já conhecido de Star Trek. 

            Para entender direito o filme se deve ler as HQ’s Star Trek Countdown (Star Trek Contagem Regressiva). O filme é basicamente a continuação dessa estória. Essa série em quatro volumes conta como uma supernova ameaça vários planetas.  O embaixador Spock falha em detê-la usando a matéria vermelha.   Com isso o planeta de Nero é destruído e sua família morre.  Ele culpa Spock e passa a buscar vingança.   Como os dois vão parar no passado, a interferência deles produz uma nova linha de eventos que reescreve a história.

            Parece que essa HQ não foi publicada no Brasil.  Mas é possível encontrá-la na internet traduzida por fãs da série.

           

            O bom desse reinício é a abertura de um novo leque de oportunidades não atreladas à série original.   E logo de inicio vemos que os roteiristas não perderam tempo em reescrever o Sr. Spock.  Na série original, ele fazia um tremendo esforço em ser vulcano e não deixar transparecer seu lado humano.  Agora, o jovem Spock procura manter seu equilíbrio entre a razão vulcana e as emoções humanas, mas sem querer sufocar estas.  Ele chega até a ter uma namorada!

            O filme, com certeza, foi o melhor já produzido até agora da franquia.  E obrigatório para os fãs.

Uma Prova de Amor

Duração:  109 minutos

            Ana é uma garotinha que já nasceu com um propósito, salvar a vida da irmã mais velha que está com leucemia.  Para isso ela foi concebida com a ajuda da medicina para que pudesse ser uma doadora compatível.  E desde que nasceu seus pais a usaram para prover o necessário para sua irmã.  Agora esta precisará de um transplante de rim e Ana sabe que, se o fizer, sua vida será limitada.  E se não o fizer, sua irmã morrerá.  Mas sabe também que sua irmã terá poucas chances de sobreviver, mesmo que o transplante dê certo.  

            A fim de evitar o transplante, Ana procura um advogado e entra com uma ação contra seus pais, buscando uma emancipação médica, ou seja, poder ela mesma tomar decisões sobre seu próprio corpo.

            O filme tem uma trama muito bem feita.  Não se trata apenas de uma luta de uma jovem contra o câncer, mas o quanto esta luta afeta todos ao seu redor.  

            Enquanto assistia ao filme, me questionava sobre a atitude de Ana.  Afinal ela não deixa dúvidas sobre seu amor pela irmã.  E isso leva ao questionamento: até que ponto vale a luta e o sacrifício quando se sabe que já não adiantará nada?   E que decisão eu tomaria no lugar de Ana?

            Um bom filme para se ver e pensar um pouco.

As Crônicas de Nárnia – A Viagem do Peregrino da Alvorada

Duração: 115 minutos.

Aventura.

            Mais uma vez Lúcia e Edmundo vão parar no mundo de Nárnia, agora acompanhados pelo chatíssimo primo Eustáquio.   Lá eles são resgatados do mar pelo príncipe Caspian em seu navio O Peregrino da Alvorada.  Juntos eles navegarão atrás de sete espadas que juntas podem destruir o mal que avança sobre essa terra mágica.

           

            Terceiro filme baseado na série de livros infantis As Crônicas de Nárnia.  E o enredo, de fato, tem bastante de infantil.   Quer mais infantil que um ratinho espadachim e alguns anões invisíveis de uma perna só?  Mas também tem algumas coisas interessantes como Lúcia desejando ser sua irmã mais velha – e mais bonita e da qual o príncipe gosta (uma espécie de Complexo de Electra).  E tem também a figura do leão Aslam.  Esse merecia um estudo à parte.

            No primeiro filme ele, inocente, se dá em sacrifício no lugar do culpado.  Neste filme, os peregrinos chegam à borda do mundo e à entrada do mundo de Aslam, uma espécie de paraíso onde quem entra não volta.  E o leão diz a Lucia que esta o verá em seu próprio mundo, mas com outro nome.  Palpites?

            A produção é muito boa e, obviamente, cheia de efeitos especiais bem feitos.  Gostei de assistir.   Mas na hora de locar, não esqueça que o público-alvo dele é o infantil.      

Em seus passos, o que faria Jesus?

               O pastor Henry, da primeira igreja de Raymond, sofre um acidente de carro onde morre sua família e só ele sobrevive.  Com isso sua fé é abalada e seu ministério já não é mais o mesmo.   Para piorar, o banco quer vender o templo para um grupo de investidores que desejam substituí-lo por um cassino, com a desculpa de trazer emprego e renda para a cidade.  E alguns desses investidores são membros da igreja.

            É em meio a esta situação que chega à cidade um andarilho procurando emprego e só encontra rejeição e preconceito.  Num momento ele se senta à porta da igreja e ouve o pastor dizendo que deixará o ministério.  Ao entrar o andarilho se depara com algumas das pessoas que conheceu na cidade e lança a pergunta: o que Jesus faria em seu lugar? 

            O enredo é bem simples e produção também, embora bem feita. 

           O andarinho ganha um certo ar de anjo, ou santo, vindo em uma missão.  Numa cena o sol aparece por trás de sua cabeça, como uma auréola divina.  E também é o único papel que tem um ator de destaque, John Schneider, o Jonathan Kent do seriado Smallvile.  Pelo menos um.  Se nota claramente que alguns dos atores realmente não nasceram para a profissão.

           Certamente o objetivo do filme não é o entretenimento.  Seu foco está na mensagem que quer passar.  Mas mesmo que a mensagem não o toque, o dinheiro da locação não ficará perdido.

            O filme é baseado no livro In His Steps de Charles Sheldon.  Além me virar best seller, o livro influenciou movimentos pelo mundo todo.  Procure na internet pela sigla WWJD - de What Would Jesus Do? (o que Jesus faria?) se deseja saber mais.

Tron o legado

Duração: 96 minutos.

Aventura

 San Flynn, quando criança, ouvia as estórias que seu pai, Kevin Flynn contava sobre um mundo digital e de um herói chamado TRON, que se tornou um jogo de enorme sucesso.  Numa noite seu pai sai de moto e não volta mais. 

 Agora San está com 27 anos e é o principal acionista da ENCOM, empresa antes comandada por seu pai.  Mas ele não está interessado na companhia.  E uma vez por ano passa um trote nela.  Depois de um desses trotes ele é visitado por um velho amigo de seu pai, que diz ter recebido um recado deste.  San decide verificar e vai até velha loja de fliperama de seu velho.  Lá encontra um laboratório escondido e é transportado para o mundo digital criado por seu pai.  Um mundo habitado por programas com formas humanas e dominado por CLU, um programa clone de seu pai. 

Após ser salvo de uns jogos mortais, San é levado a presença de seu pai e descobre que tem poucas horas para voltar para casa, pois o portal que o trouxe só fica aberto por poucas horas e só pode ser aberto do lado do mundo real.   Numa corrida contra o tempo, ele e seu pai tem que chegar ao portal antes de CLU, que quer usá-lo para invadir o mundo real.

Visualmente o filme é muito bom, e deve ser melhor ainda em 3D.   Incrível mesmo foi conseguirem fazer Jeff Bridges jovem através de efeitos especiais.  Os extras no DVD contam como.

O enredo é bom, mas  poderia ter sido melhor.    Creio que focaram demais nos efeitos especiais, principalmente por ser 3D e de ação, e menos na estória.  Mas, enfim, é uma estória dos estúdios da Disney.  Não dá para se esperar um enredo muito complexo.  

Acredito que o original dos anos 80 tenha impressionado mais o público na época do que este agora.  Afinal, naquela época a idéia de se viajar num mundo digital era nova e interessante e aqueles efeitos especiais, que agora nos fazem rir, eram novidades.  Hoje, depois da saga Matrix e dos efeitos especiais tipo do Avatar, Tron já não impressiona tanto.