Duração:
124 minutos.
David
é um adolescente tímido e fã da série de TV Pleasantville,
passada toda em preto e branco e que retrata a vida social
politicamente e religiosamente correta da cidade homonima dos anos
50. Já sua irmã Jennifer está mais preocupada é com sua
popularidade na escola e, claro, com garotos.
Quando
o controle remoto da TV quebra, um estranho técnico oferece a David
um outro controle muito especial. Ao brigarem pelo controle, os dois
irmãos acidentalmente vão parar dentro do seriado Pleasantville,
nas peles dos dois irmãos Bud e Mary. Assim, até encontrarem um
jeito de voltarem para casa, os dois tem que se adaptar a esta vida
em preto e branco, literalmente.
Tudo
na cidade e perfeito. Ninguém sequer erra a cesta de basquete. Mas
Jennifer não se adapta bem a este novo mundo, e quando resolve
elevar uma paquera para além do religiosamente correto, o garoto sai
correndo pela cidade, alegre e... colorido!
A
partir daí a confusão é geral. Mais pessoas vão ficando
coloridas e o preconceito começa a dominar.
E
nem todo mundo acerta mais a cesta...
O
filme é um prato cheio para quem curte psicanálise.
A
medida que as pessoais vão tendo experiências sexuais, elas vão se
colorindo. Mas não é necessariamente o ato sexual em si que as
fazem coloridas. Tanto que Jennifer colore alguns rapazes e continua
em preto e branco. Então o que os colore realmente? Aí vale ver o
filme e tirar suas conclusões. Minha opinião: é fácil ver que se
trata mais de sexualidade que de sexo (sim, há diferença) e,
principalmente, de realização.
A
questão da mulher nessa sociedade perfeita também é questionada.
A mãe de Bud é bem casada com um bom homem. Um belo dia ela
aparece colorida! Bud- David- a ajuda a se maquiar em preto e
branco. A sociedade (e o marido) não a aceitariam colorida.
Infelizmente
o filme parece que não teve boa repercusão. Só o vi uma vez numa
dessas sessões corujas da TV. E vai ser difícil achar em locadoras.
Sou
formado em Letras/Literatura e recomendo este filme aos estudantes
desta área.