Duração: 103 minutos.
No mundo de uma era distante coexistem quatro grandes nações: a da água, a do ar, a da terra e a do fogo. Em cada tribo há pessoas com habilidades de dominar seus respectivos elementos. Para ajudar a manter o equilíbrio entre as nações, e consequentemente entre os elementos, existe o Avatar, uma pessoa com a habilidade de dominar os quatro elementos. Esse Avatar existe através das gerações, renascendo alternadamente em cada uma das nações, podendo ser homem ou mulher – sendo sempre o mesmo espírito.
Aang, um menino monge da nação do ar, é a reencarnação atual do Avatar. Mas quando descobre quem é foge, relutante em aceitar seu destino. É pego por uma tempestade e acaba congelado num iceberg. Cem anos se passaram, durante os quais a nação do fogo passou a dominar as outras nações. (Observem que o Avatar não morreu. Por isso não podia se reencarnar. Assim, o mundo passou cem anos sem seu fator de equilíbrio.) Dois jovens da tribo da água do sul, Sokka e Katara, encontram Aang e o retiram do gelo. Mas ele é logo descoberto por Zuko, filho banido do rei da nação do fogo. Só com a entrega do Avatar a seu pai ele poderá recuperar a honra.
Aang é capturado, mas consegue fugir e segue com seus amigos até a terra dos nômades do ar onde fora criado. Descobre, então, o tempo que se passou e que a nação do fogo, sabendo que o Avatar era nascido na nação do ar, matou todos os dominadores de ar, incluindo seus amigos monges.
Agora ele terá que assumir seu papel de Avatar para combater a tribo do fogo e trazer novamente o equilíbrio ao mundo. Mas antes, terá que aprender a dominar os outros três elementos.
O filme é baseado na série animada da Nickelodeon Avatar – a lenda de Aang.
Muitos críticos não gostaram do filme. Mas creio que isso seja por causa do diretor, que, dizem, fez excelentes filmes antes. Então, para os críticos que olham a carreira do diretor, foi uma queda violenta. Sinceramente, prefiro ver a arte pela arte e não pelo artista. E muitos filmes não são feitos para ser arte e ganhar Oscar. São simplesmente bons entretenimentos lucrativos. Este é um destes.
O enredo é bem simples e facílimo de acompanhar. No entanto, não é o bem contra o mal tão preto no branco assim. Não se trata simplesmente de derrotar a tribo do fogo e sim de restaurar o equilíbrio. E quem viu o desenho verá que Aang terá um aliado improvável.
O visual é bom. Embora alguns critiquem o uso excessivo do azul e laranja. Mas o confronto no filme é entre a tribo da água do norte (azul = frio, mar) e a tribo do fogo (laranja = quente). Difícil escolher outras cores.
Os efeitos especiais são bons, embora não surpreendam. As lutas também agradam.
Destaque para algo que realmente marca o filme e principalmente a animação: o estilo de dominação dos elementos. Os autores foram muito felizes em não colocar a dominação como um tipo de “força” que você simplesmente focaliza e move um objeto. A dominação é feita através de uma bela coreografia baseada nos movimentos de algumas artes marciais, tendo sido escolhido um estilo para cada elemento. Esse diferencial tornou a animação muito interessante de se ver e já inspirou muitos cosplays.