Duração: 103 minutos.
Em um internato,
crianças clones são criadas para serem doadores de órgãos num
programa do governo. E o fato é revelado as crianças. Mesmo não
tendo escolha, elas acabam aceitando o destino. Afinal, foram
criadas para isso.
Em meio a isso se
desenvolve um triângulo amoroso que se estende pela juventude. A
bela Kath é apaixonada pelo tímido Tommy, que apesar de apaixoado
por esta, se deixa envolver por Ruth.
Assim os três vão
vivendo o melhor que podem até chegar a hora de cada um começar as
doações.
O filme é um drama até
interessante. E um pouco lento para o cinema.
Ele nos faz pensar um
pouco na brevidade da vida. Os clones vivem até cerca dos trinta
anos antes de começarem a doar os orgãos e morrerem. Uma das
personagens se pergunta o quanto de tempo de vida será suficiente
para os normais? Será uma questão de tempo de vida ou o que se
vive neste tempo?
Outro ponto interessante
é que em nenhum momento os personagens pensam em fugir. O filme
não deixa claro se existe algum severo controle que os impeçam.
Mas aparentemente eles tem liberdade para ir e vir. Facilmente se
poderia criar um plano de fuga. No entanto, isso não é sequer
cogitado. Dá a entender que foram criados no internato para
aceitarem passivamente o destino. Afinal, não são exatamente
humanos. São clones. Um experimento científico criado para salvar
a vida de alguns humanos de verdade.
Isso lembra a história
do elefante de circo que é criado amarrado em uma estaca. Por mais
que tente fugir, não consegue, pois ainda não tem forças para
isso. Quando grande, e mais que suficientemente forte, ele
permanece amarrado à estaca, pois já aprendeu que é inútil tentar
fugir.
Vale pensar se também
não fomos criados assim.
No mais, é um filme
feito com esmero e com bons atores.
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