quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Não me abandone jamais



Duração: 103 minutos.

Em um internato, crianças clones são criadas para serem doadores de órgãos num programa do governo. E o fato é revelado as crianças. Mesmo não tendo escolha, elas acabam aceitando o destino. Afinal, foram criadas para isso.
Em meio a isso se desenvolve um triângulo amoroso que se estende pela juventude. A bela Kath é apaixonada pelo tímido Tommy, que apesar de apaixoado por esta, se deixa envolver por Ruth.
Assim os três vão vivendo o melhor que podem até chegar a hora de cada um começar as doações.

O filme é um drama até interessante. E um pouco lento para o cinema.
Ele nos faz pensar um pouco na brevidade da vida. Os clones vivem até cerca dos trinta anos antes de começarem a doar os orgãos e morrerem. Uma das personagens se pergunta o quanto de tempo de vida será suficiente para os normais? Será uma questão de tempo de vida ou o que se vive neste tempo?

Outro ponto interessante é que em nenhum momento os personagens pensam em fugir. O filme não deixa claro se existe algum severo controle que os impeçam. Mas aparentemente eles tem liberdade para ir e vir. Facilmente se poderia criar um plano de fuga. No entanto, isso não é sequer cogitado. Dá a entender que foram criados no internato para aceitarem passivamente o destino. Afinal, não são exatamente humanos. São clones. Um experimento científico criado para salvar a vida de alguns humanos de verdade.
Isso lembra a história do elefante de circo que é criado amarrado em uma estaca. Por mais que tente fugir, não consegue, pois ainda não tem forças para isso. Quando grande, e mais que suficientemente forte, ele permanece amarrado à estaca, pois já aprendeu que é inútil tentar fugir.
Vale pensar se também não fomos criados assim.

No mais, é um filme feito com esmero e com bons atores.



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