Os Fantasmas de Scrooge

Duração: 96 minutos.

Scrooge é um velho rabugento, sovina e solitário. Seu coração está exclusivamente ocupado pela ganância desde a sua juventude. Não há espaço em sua vida para sentimentalismo e coisas como comemorar o Natal, que aliás só lhe dá prejuízo, já que tem que dar folga ao seu funcionário.

Na véspera de Natal, ele é visitado pela horrenda figura do fantasma de seu sócio falecido. Arrastando as pesadas correntes de seu tormento, ele avisa ao amigo vivo que as que estão esperando por ele são ainda maiores. No entanto, ele ainda terá uma chance de mudar. Será visitado por três espíritos: o dos natais passados, o do natal presente e os do natais futuros. Eles mostrarão a ele uma nova perspectiva de sua vida. Difícil será despertar no velho um sentimento diferente de medo.

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Mais uma versão do clássico literário Um Conto de Natal de Charles Dickens. Certamente, quem gosta de cinema, já viu alguma outra versão da estória, tão recontada e readaptada em filmes e animações. Portanto, fora a inédita produção de animação com captura de movimento e algumas peripécias do velho que nada acrescentam, nada há de novo nesta versão que já não se tenha visto em outras. Talvez, para evitar a impressão de já se ter visto o filme, é que, no Brasil, tenham mudado o título.

Quem ainda não viu nenhuma versão anterior dessa obrigatória estória, esta é uma ótima escolha. Quem já viu as outras, vale pelo diferencial da produção.

Os Pinguins do Papai

Duração: 94 minutos

Dylan é um corretor divorciado que vive sozinho num luxuoso apartamento. Quando pequeno, seu pai viajava muito e por isso não foi muito presente. Agora ele recebe de herança dele seis pinguins que não veem problemas em se instalarem no confortável ap. Ele bem que tenta se livrar das aves, mas quando seus filhos as conhecem, se apegam rapidamente. E elas acabam ganhando os nomes de Capitão, Fedô, Bicão, Dengo, Matraca e Lesado de acordo com suas personalidades. Dylan vê aí sua change de se reaproximar das crianças e, por tabela, quem sabe, reconquistar a esposa.

Mas cuidar de seis pinguíns num apartamento e ainda ter que sair para trabalhar não é tarefa das mais fáceis. E isso acaba gerando muita confusão.

Comédia até divertidinha, do tipo que parece pretender deixar uma “moral da história” no final.

Os pinguins, em bom efeito especial, roubam as cenas. E quase que interpretam melhor que o ator. 

Coraline e o mundo secreto

Duração: 100 minutos

Coraline é uma menina que se muda com os pais para uma enorme casa no interior, chamada de Palácio Cor-de-rosa. Mas de palácio, talvez só mesmo o tamalho. A casa é divida em apartamentos. Em cima mora um senhor que treina um circo de pulgas. No que seria o porão moram duas velhas senhoras. Todos tem hábitos um tanto estranhos e, no mínimo, um pouco assustadores.

Como está sempre em conflito com os pais, principalmente a mãe, Coraline pega sua boneca - presente de um novo amigo e estranhamente parecida com ela - e explora os vários recantos do casarão. Acaba descobrindo uma portinhola que a leva para um outro mundo, exatamente igual ao seu. Só que nele, seus pais, que possuem olhos de botão, são gentis e lhe dão tudo o que ela quer. Tem até versões divertidas de seus vizinhos. Um mundo perfeito com uma família perfeita. Perfeita talvez até demais.

Uma boa animação de suspense com um pouco de terror.  A produção em stop motion parece que só serviu para aumentar o tom sombrio.

Certamente vai agradar muita criançada. E alguns adultos.

G. I. Joe - a origem de Cobra

Duração: 118 minutos

Um comboio militar carrega uma maleta com poderosos mísseis à base de nanotecnologia e é atacado por um forte grupo terrorista. São salvos por um grupo militar chamado de G. I. Joe, uma elite de soldados do mundo todo. O soldado Duke e seu amigo Wallace se recusam a entregar a maleta para os Joe's, pois a missão é deles. Assim, são levados para o quartel general e acabam se integrando à equipe.

Mas o grupo terrorista não irá desistir tão fácil. E com fortes e hábeis soldados dos dois lados e muita tecnologia avançada, o combate entre os dois grupos promete muita adrenalina.

Baseado nos antigos brinquedos da linha G. I. Joe, conhecidos no Brasil como Comandos em Ação. E no filme ação é o que não falta, tendo bons efeitos especiais.

O roteiro não chega a ser ruim. No entanto, foi feito basicamente para justificar a ação. O que sai disso se limita a explicar a origem de alguns personagens.

Bom filme para ser ver com os filhos – e para vender bonecos.

Eu, robô

Duração: 114 minutos.

Spooner é um detetive da polícia no ano de 2035. Apesar de toda tecnologia futurista, ele ainda gosta de algumas coisas das antigas, como tênis, moto à gasolina e som que ainda usa o controle remoto. Ao contrário de todos seus amigos e cidadãos da cidade, ele detesta os robôs. Eles não tem emoções. E algumas decisões baseadas em lógica podem ser erradas.

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Quando o Dr. Alfred Lanning é assassinado, Spooner é designado para investigar. Ele desconfia que um robô é o assassino. Só que robôs não cometem crimes. São impedidos pelas três leis básicas da robótica que são: 1ª proteger os humanos; 2ª obedecer os humanos, se não contrariar a primeira lei; 3ª se protegerem, se não contrariar a primeira e a segunda lei.

Agora o detetive terá que provar que foi, sim, um robô. E terá que encontrá-lo e descobrir o motivo do crime e o aonde o doutor queria que ele chegasse com a mensagem que lhe deixou.

Um filme de ação muito bom, bem produzido e, o que é melhor, com uma trama bem feita.

A inspiração veio da obra homônima do escritor Isaak Asimov, que na verdade é uma série de contos sobre robôs. 

Tropa de Elite

Duração: 118 minutos

O Capitão Nascimento tem a dura tarefa de comandar uma tropa de policiais de elite que toda a bandidagem teme em enfretar, o Bope. E com a visita do papa, eles terão um bocado de trabalho para garantir a segurança. Mas com o filho por nascer, o capitão quer deixar o cargo. Para isso, tem que encontrar alguém à altura para substituí-lo. Tarefa nada fácil. Muitos policiais são corruptos, e ele jamais deixará um desses entrar para o Bope, muito menos ser seu líder.

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Neto e Mathias são dois policiais amigos cansados da corrupção na corporação. Quando presenciam a ação do Bope, resolvem ingressarem nele. Para isso terão que passar por um duríssimo curso, onde são precionados a desistirem, pois “jamais serão” da equipe. E é nesses dois que o capitão vê um possível substituto. Porém, terá que moldá-los para serem realmente da elite.

Finalmente um filme brasileiro de ação que não perde em nada para nenhuma película americana. Num ponto até vence. Filme brasileiro costuma retratar bem a realidade (pelo menos a nossa) e com realismo. E esse não poupa linguajar nem balas.

Ganha também ao colocar a questão da droga em destaque. Principalmente ao mostrar que quem compra as drogas é quem financia os bandidos. 

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Um Sinal de Esperança

Duração: 120 minutos.

Num gueto cercado e isolado por muros e soldados nazistas durante a 2ª Guerra Mundial, alguns judeus começam a se suicidarem. Sem nenhum contato com o mundo exterior, perderam as esperanças de liberdade.

Jacob, um dos judeus, começa a inventar notícias sobre o avanço das tropas aliadas. Todos pensam que ele tem um rádio escondido. Por crer nas notícias, um dos seus amigos se aventura demais e acaba morto. E ao dizer a verdade, outro se enforca por falta de esperança. Portanto, ele continua criando notícias fictícias que trazem esperança. Quem sabe assim evita novos suicídios.

Quando a notícia chega ao soldados nazistas, eles começam a procurar o tal rádio, que não existe.

Apesar de ambientado num cenário de guerra, o tema do filme não é este e sim a esperança. E o que a falta dela pode causar.

Interessante notar que a verdade, no contexto da estória, é que envenena o espírito e leva à morte. E a mentira é que traz esperança, força e ânimo. Uma certa inversão de valores.

Marte Precisa de Mães

Duração: 88 minutos

Milo não percebe que tem uma boa mãe, que além de amá-lo sabe também discipliná-lo. Por isso mesmo ela foi abduzida por marcianos, que de quebra levam junto o garoto sem saberem. Há algum tempo eles tem usados mães terrestres para programarem seus robôs babás. Infelizmente, no processo, as mães acabam desintegradas. Sabendo disso, Milo fará de tudo para salvar sua mãe. Mas tem que correr contra o tempo. Só tem até o nascer do sol em Marte, quando então será tarde demais.

Felizmente, ele encontrará bons amigos para ajudá-lo.

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Embora o enredo tente ser original, não surpreende muito. No entanto, a qualidade da animação é muito boa. Usaram a técnica de captura de movimentos, que já tá até se tornando comum, mas que proporciona um certo nível de realismo às expressões dos personagens.

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Nenhum a menos

Duração: 106 minutos

O professor Gao dá aula numa escola primária muito pobre de uma pequena aldeia da China. Quando tem que se ausentar por um mês só consegue uma jovem de treze anos para substituí-lo. Ele a orienta como passar as lições no quadro e a gastar um giz por dia. E ainda insiste para que ela não deixa que nenhum aluno abandone a escola. Não quer nenhum a menos quando voltar.

Quando uma de suas alunas é escolhida para estudar em uma escola de esportes, ela faz de tudo para que essa aluna não vá. Mesmo que seja o melhor para a criança, seria ainda uma a menos quando o professor voltar. Mas o prefeito consegue levar a menina.

Isso não bastasse, o garoto mais arteiro da classe abandona a escola e vai para a cidade tentar trabalho para ajudar a família. Dois a menos já é demais para a jovem professora. Assim, ela decide ir sozinha à cidade grande atrás do seu aluno e trazê-lo de volta. Se conseguir encontrá-lo.

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Filme muito interessante, com um ótimo roteiro.

A produção em si não é de primeira. Tem horas que você pensa estar vendo um documentário. Só entendi o poque depois dos créditos finais, quando vi que na lista do elenco os atores tinham os mesmos nomes dos personagens. Bastou uma pequena pesquisa na internet para saber que o diretor realmente usou personagens, digamos, reais. Ou seja, o professor era realmente o professor e os alunos da pequena aldeia eram realmente os alunos reais daquela pequena escola. Até os coadjuvantes estavam representando eles mesmos em suas respectivas profissões. Daí as atuações não serem de primeiras. As crianças, naturalmente mais espontâneas, é que se sairam bem.

Se a ideia era retratar a realidade do ensino básico e a evasão escolar devido à pobreza no interior da China, essa estratégia foi muito boa.

E se substituir o elenco por um brasileiro, o mesmo roteiro serve para muitos municípios do nosso interior, sem precisar mudar uma vírgula.

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Novidades no Amor

Duração: 97 minutos

Sandy é uma linda quarentona que acabou de deixar o marido. Agora terá que recomeçar a vida em outra cidade. Só que trabalhar e cuidar de seus dois filhos sozinha não é nada fácil. Fica difícil até sair a noite com as amigas. Para ajudá-la, ela contrata Aram, um jovem rapaz de 24 anos, para ser babá de seus filhos. Com o tempo ela vê nele qualidades que não tem achado nos homens mais velhos com quem tem saído. Os dois acabam se envolvendo. Será que a diferença de idade irá atrapalhar?

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O tema até que é bom. Nossa sociedade é um tanto preconceituosa quanto a um casal em que a mulher é mais velha que o homem. É fácil aceitar um casal em que a mulher seja bem mais nova. A própria atriz Catherine é vinte e cinco anos mais nova que o marido. O que torna sua escolha para o papel interessante.

Filmezinho bom para uma sessão da tarde na TV.

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A Lenda do Pianista do Mar

Duração: 160 minutos

No ano de 1900 um carvoeiro do navio SS Virginian encontra um bebê abandonado a bordo e decide criá-lo. Seu nome passa a ser o próprio ano em que nasceu. Assim, 1900, o bebê, cresce dentro do navio, sem jamais por os pés em terra firme. Ainda garoto descobre seu dom excepcional para música, principalmente piano. Passa assim a fazer parte do grupo de músicos do navio, divertindo os navegantes com seu grande talento.

Max era um dos músicos do navio e grande amigo do pianista. Mas a época de ouro passou, veio a guerra. E aquele grandioso navio está prestes a ser explodido. Temendo que seu velho amigo ainda esteja escondido lá dentro, ele tentará a todo custo desentocá-lo.

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Um filme, no mínimo, interessante.

O pianista, com seu talento extraordinário, teve chances de sair do navio, fazer fortuna e conhecer o mundo. Mas seu mundo era o próprio navio. E ele não ousara dar um passo fora dele. No entanto, longe de se sentir preso ou limitado, ele se sentia feliz.

É difícil imaginar alguém vivendo em um navio e não querer nunca sair dele. Será que não fazermos o mesmo? Quantos de nós (eu, inclusive) não transforma sua zona de conforto em um navio do qual não queremos sair, mesmo que seja para melhorar. Afinal, para que enfrentar o desconhecido?

O roteiro não tem nenhuma cena realmente marcante. Não tem drama suficiente para você chorar. Não tem humor suficiente para uma boa risada. E, com certeza, não tem nada de ação. Difícil até de acreditar que tenham conseguido material para mais de duas horas de película. No entanto, a estória cativa. E a narrativa, muito bem construída, ajuda muito nisso.

Tinha que ser você

Duração: 93 minutos.

Harvey é um americano divorciado e um pouco atrapalhado que vai à Lodres para o casamento de sua filha. Lá descobre que quem vai levá-la ao altar é o padrasto. E sua ex prefere que ele não esteja por perto para constranger ela e a filha. Isso, além de perder o emprego e o voo de volta para casa.

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Com tudo isso o cara tinha mesmo que tomar umas e outras. No bar conhece uma solteirona que também não teve um dia tão bom. E Harvey se esforça em tornar esse encontro casual em algo mais para sua vida.

Filme meio água com açúcar. Sensível, até. Bom para percebermos que aquela oportunidade pode aparecer a qualquer hora, em qualquer lugar e quando menos se espera. E que é bom ficar atento para não deixá-la passar.

A Era do Gelo 2

Duração: 91 minutos

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O mamute Manny, a preguiça Sid e o tigre Diego, junto com animais de outras espécie, vivem numa diversão só em uma espécie de vale cercado por muralhas de gelo. No entanto, a era do gelo está acabando. O lar deles está para ser inundado. Notícia nada boa para Diego, que não sabe nadar. Para sobreviverem, eles terão que enfrentar uma nova e perigosa jornada até uma enorme casca de árvore capaz de flutuar sobre as águas. (Lembra alguma história conhecida?)

Nessa aventura Manny encontrará sua nova cara-metade. Bem, quase. A mamute Ellie pensa ser um gambá. Tá difícil pro grandalhão!

O esquilo Scrat continua roubando a cena. Desta vez ganhou até mais espaço na animação. E merece. É bem divertido.

Apesar de já não ter o tom de novidade do primeiro filme, essa continuação é tão boa quanto.

A era do Gelo 1 

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A Era do Gelo

Duração: 81 minutos

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A cerca de 20 mil anos atrás a Terra vivia uma época chamada de A Era do Gelo. E merecia o nome.

Para sobreviverem, os animais faziam constantes migrações para lugares mais favoráveis. Nessa migração, o mamute Manny e a preguiça Sid (que ironicamente tem boa disposição para falar) encontram uma mulher que fora atacada por tigres dentes-de-sabre. Prestes a morrer, ela lhes entrega o filhinho bebê. Agora eles terão que ir atrás de um grupo de humanos para entregar a criança. Tarefa nada fácil para o mamute, que teve a família caçada por eles.

Ao pequeno grupo se junta o tigre Diego disposto a ajudá-los. Só que sua verdadeira intenção é levar a criança até seu bando. De preferência sem ter que enfrentar o grandalhão.

Paralelamente à estória central, um pequeno e divertido esquilo corre atrás de uma noz, sem muito sucesso – a não ser o de roubar a cena.

Uma animação bem original, interessante e engraçada. E, com certeza, muito bem produzida. Vale a pena ver com toda a família.

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