No ano de 1900 um
carvoeiro do navio SS Virginian encontra um bebê abandonado a bordo
e decide criá-lo. Seu nome passa a ser o próprio ano em que
nasceu. Assim, 1900, o bebê, cresce dentro do navio, sem jamais por
os pés em terra firme. Ainda garoto descobre seu dom excepcional
para música, principalmente piano. Passa assim a fazer parte do
grupo de músicos do navio, divertindo os navegantes com seu grande
talento.
Max era um dos músicos
do navio e grande amigo do pianista. Mas a época de ouro passou,
veio a guerra. E aquele grandioso navio está prestes a ser
explodido. Temendo que seu velho amigo ainda esteja escondido lá
dentro, ele tentará a todo custo desentocá-lo.
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Um filme, no mínimo,
interessante.
O pianista, com seu
talento extraordinário, teve chances de sair do navio, fazer fortuna
e conhecer o mundo. Mas seu mundo era o próprio navio. E ele não
ousara dar um passo fora dele. No entanto, longe de se sentir preso
ou limitado, ele se sentia feliz.
É difícil imaginar
alguém vivendo em um navio e não querer nunca sair dele. Será que
não fazermos o mesmo? Quantos de nós (eu, inclusive) não
transforma sua zona de conforto em um navio do qual não queremos
sair, mesmo que seja para melhorar. Afinal, para que enfrentar o
desconhecido?
O roteiro não tem
nenhuma cena realmente marcante. Não tem drama suficiente para você
chorar. Não tem humor suficiente para uma boa risada. E, com
certeza, não tem nada de ação. Difícil até de acreditar que
tenham conseguido material para mais de duas horas de película. No
entanto, a estória cativa. E a narrativa, muito bem construída,
ajuda muito nisso.
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