domingo, 26 de dezembro de 2010

Matrix

E se o mundo em que você vive for apenas uma ilusão?

            O sr. Anderson é um jovem solteiro vivendo uma vida relativamente normal num emprego normal.  Isso até aparecer na tela de seu monitor a mensagem: “siga o coelho branco.”   Nisso batem à sua porta alguns jovens “conhecidos” e entre eles uma moça com um coelho branco tatuado no braço.  Curioso, ele segue o grupo até uma festa, onde conhece Trinit, uma jovem que o guia até Morpheus.  Este lhe oferece uma escolha: permanecer no mundo como ele o conhece ou conhecer a verdade, da qual não poderá voltar.  Anderson escolhe conhecer a verdade e toma a pílula vermelha.
            Ele acorda nu, sem pelos, conectados a vários fios e em meio a um ambiente desconhecido.  É resgatado por Morpheus e sua equipe, que lhe explica que o mundo, como ele o conhece, é apenas uma espécie de realidade virtual criada diretamente em seu cérebro e nos demais de milhares de seres humanos conectados ao programa Matrix.  O objetivo do programa é que os humanos adormecidos nunca descubram o que realmente são: pilhas.
            Numa guerra contra as máquinas, os humanos bloquearam o Sol, principal fonte de energia de seus inimigos.  Mas as máquinas encontraram outra fonte de energia: a bioeletricidade do corpo humano.  Agora os humanos são “cultivados”, mantidos prisioneiros em suas próprias mentes e usados como células de bateria.
            Anderson,  nesta sua nova realidade, passa a usar definitivamente seu apelido de hacker, Neo.           Com a ajuda de seus novos amigos, ele enfrentará as máquinas para libertar a humanidade.  E descobrirá que é capaz de realizar feitos muito maiores do que aqueles que sua antiga realidade dizia possíveis.

            Numa escala de zero a dez, Matriz sempre foi para mim a referência dez.  E não é sem razão.  Ele é um dos muitos raros filmes que conseguem a façanha de combinar um excelente enredo com uma excelente ação.  Ação que soube combinar muito bem as coreografias de lutas marciais com bons efeitos especiais – se tornando referência no cinema.
            O enredo merece um estudo a parte.  E já serviu mesmo para muitos trabalhos acadêmicos.  Ele, por si só, já serve para colocar em questão diversos assuntos.  Exemplos:
            1 – Será que você tem a liberdade que imagina que tem? 
                        Neste mundo globalizado, talvez estejamos mais conectados do que imaginamos.  Compramos um refrigerante não por ser o mais gostoso, mas por ter uma propaganda de melhor eficácia.  Acreditamos no que nos é induzido a acreditar pelos noticiários.  Trocamos o guarda-roupa porque a novela das oito mudou e já mostra outro estilo.   
            2 – Será que você é importante como indivíduo?
                        Nossas escolas preparam o cidadão-operário, uma peça da engrenagem da economia, que produz e consumem e assim alimentam a máquina da economia, gerando riqueza – não necessariamente para quem produz. Nem temos mais sobrenome.  José da Silva?  Ah, sim, o José Padeiro.  Paulo Roberto?  Ah, sim, Paulo do banco Tal. E se a peça falhar, já teremos sobressalentes esperando a vaga.
            3 – De um ponto de vista filosófico, pode-se perguntar até que ponto sua vida é verdadeira.  Daí muitas ramificações.  Minha esposa é tão honesta quanto penso?  Sou um assessor de assuntos de limpeza ou simplesmente o faxineiro?  Acredito em Deus ou a igreja é um importante clube social?
           
             Veja a análise do filme Matrix pelo Telacrítica

            Enfim, Matrix é um excelente filme, tanto para diversão quanto para base de muitos estudos.  E com certeza obrigatório para todos que são bons fãs de cinema.



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